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    Presidente da Febrafar e Farmarcas analisa tendências do varejo farmacêutico para 2023

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    Nos últimos 12 meses, varejo farmacêutico cresceu em uma margem de 16% – resultado que anima a Febrafar para este ano

    O varejo farmacêutico é um grande destaque do mercado brasileiro com um crescimento que tem sido superior à maioria dos demais setores da economia. Fato é que dados de outubro de 2022 demonstra que esse setor cresceu 16,43% em relação ao ano anterior em um recorte dos últimos doze meses. Isso faz com que as expectativas para os resultados desse setor sejam grandes.

    Contudo, para o presidente da Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias (Febrafar) e da administradora de redes associativistas de farmácias Farmarcas, Edison Tamascia, não se deve esperar grandes novidades nesse setor, mantendo uma tendência de crescimento de dois dígitos.

    “Não vejo no mercado um cenário de grande mudança para 2023, tudo leva a avaliar que teremos um bom ano. Afirmo isso pois viemos em um constante crescimento muito robustos nos últimos vinte anos sem interrupção, independentemente dos governos, com um crescimento de 2 dígitos todos esses anos. Em 2022 isso não deve ser diferente, devendo fechar com um crescimento na casa de 14% no ano e em 2023 também”, explica o presidente.

    Edison Tamascia explica que não tem nada muito impactante para o setor em uma análise do futuro, exceto a verba do Programa Farmácia Popular. “No orçamento aprovado pelo governo que está finalizando sua gestão, o valor para esse programa foi muito inferior àquilo do que se gasta, o que tornaria insustentável o programa. Contudo, acredito que já vem ocorrendo uma reorganização do planejamento para 2023 pelo futuro governo e muita coisa vai mudar. Ou seja, acredito que o próximo ano será muito bom”.


    Associativismo da Febrafar

    Segundo dados a auditora do varejo farmacêutico IQVI, o modelo associativista praticado pela Febrafar cresce sistematicamente, nos últimos 11 anos, 50% acima da média de mercado. A projeção para o fim do ano de 2022 aponta que o crescimento deve continuar bem acima, sendo que no recorte de outubro o crescimento já foi de 21,04%, em comparação com o mesmo período do ano anterior.

    “Não temos nada que reclamar do nosso modelo, temos só que entender que o formato deu certo e nossa proposta de trabalho também. Contudo, estamos sempre olhando para o futuro, tentando entender a dinâmica do que pode acontecer e tentando nos adequar. Por isso, acreditamos que em 2023 cresceremos acima de 50% do mercado”, avalia Edison Tamascia.


    Impacto da Covid para o setor

    Mesmo com o aumento dos casos de Covid no setor, o presidente da Febrafar não acredita que esse fator terá grande impacto no setor. “As farmácias, em sua maioria, já estão preparadas para as variações relacionadas à essa doença, lembrando que ainda estamos em uma pandemia, nunca deixou de ter. O que temos são picos de variantes”.

    Ele explica que o setor continuará a comprar medicamentos de acordo com a necessidade da demanda. “Não tem muito o que fazer, são situações incertas, na qual se pode comprar um produto e a variante não ser tão transmissíveis e acaba ficando com produtos na prateleira. Ou seja, o setor vai se adequando de acordo com a demanda”.

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