16 das 25 empresas do varejo listadas na B3 encerraram o período com saldo positivo e INVA superou com folga a média do Ibovespa
O segundo trimestre do ano foi extremamente positivo para quem investiu nas empresas varejistas listadas na bolsa nacional. Não apenas porque dezesseis das vinte e cinco ações tiveram variação positiva no período, mas principalmente porque boa parte delas teve uma alta considerável.
Este movimento positivo espalhado pelo setor fez com que o Índice Novo Varejo de Ações (INVA) superasse com folga o desempenho também positivo do Ibovespa: 14,56% contra 6,60% do principal índice da B3.

Entre os principais destaques das empresas do varejo no trimestre está a C&A, que disparou 77,94%, impulsionada por revisões otimistas nos resultados, expectativa de melhora no consumo e ganhos operacionais com a frente de crédito. A Azzas, nova holding que une Arezzo&Co e Grupo Soma, também brilhou, com uma alta de 74,09%, refletindo o otimismo do mercado com a fusão, que promete ganhos de escala, sinergia operacional e fortalecimento de marcas premium no varejo de moda nacional.
Na sequência vem o Assaí, que valorizou 41,68% após entregar um trimestre com lucro 95% maior, melhora no fluxo de caixa livre e redução da alavancagem. A ação ainda foi impulsionada por relatórios otimistas de grandes casas, que projetam valorização acima de 100% para os próximos meses.

Também se destacaram a Lojas Renner, que subiu 60,92%, beneficiada por resultados sólidos, programa de recompra de ações e clima favorável para o setor de vestuário; a Vivara, com alta de 40,52%, impulsionada pelo bom desempenho no Dia das Mães e força da marca Life; e a Track&Field, que avançou 38,17% em meio à consolidação do modelo digital-omnicanal e crescimento saudável da rede de franquias.

Por outro lado, nove papéis encerraram o trimestre em queda, sendo que três deles amargaram perdas superiores a 20%. O maior tombo ficou com a Casas Bahia, que desvalorizou –66,56% no período por conta de uma crise que além da desconfiança generalizada do mercado, tem como agente seu endividamento elevado, o modelo de crédito fragilizado e as dificuldades na execução de sua reestruturação.
Outras quedas expressivas foram as da Westwing, com –32,10% e da Raia Drogasil (RADL3), com –20,15%.

O INVA
O INVA é o índice criado pelo grupo Nhm para medir movimentações nas ações do segmento varejista listadas em Bolsa. Sua ideia é proporcionar uma leitura sobre o desempenho das operações relacionadas ao varejo que abriram capital e usam o pregão do Ibovespa para conquistar investidores e alavancarem seus negócios.
A metodologia do estudo reúne as movimentações diárias dos índices de fechamento de cada ação para criar uma média, o INVA – número médio medido entre a variação das 25 empresas do varejo selecionadas, que é comparado com o índice do Ibovespa gerando gráficos para a checagem do comportamento do varejo em relação à movimentação do mercado em geral, regulando os índices de forma a perceber variações em tempo real.