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    Ações do varejo se descolam do Ibovespa e INVA cai 4,53% na semana

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    Exceção entre os tickers do varejo listados na bolsa, Alpargatas tem alta motivada por resultados animadores de seu balanço trimestral

    Em uma semana macroeconômica marcada pela decisão do Banco Central de reduzir a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, estabelecendo-a em 10.50% a.a, o Ibovespa manteve-se em estabilidade, finalizando o período com uma variação de 0,71%.

    O resultado razoável do principal índice da Bolsa brasileira, porém, não foi acompanhado pelas empresas de varejo que – mais uma vez – experimentaram, em sua maioria, mais uma onda de desvalorização.

    Uma das cinco exceções com variação positiva, dentre os 27 tickers monitorados pelo INVA, a ação da Alpargatas teve a maior valorização do setor varejista no período. A alta de 5.21% no período foi motivada, sobretudo pela divulgação de um lucro líquido de R$ 24,8 milhões no primeiro trimestre de 2024.

    O trimestre lucrativo da dona da Havaianas no calendário atual se contrastou com o prejuízo significativo de R$ 199,6 milhões aferido no mesmo período do ano passado.

    Já no âmbito das varejistas que tiveram queda durante a semana anterior, chama a atenção a desvalorização de 14,34% da ação das Casas Bahia – empresa que havia tido leve reação na última semana por conta do anúncio de recuperação extrajudicial.

    Desta vez, a queda do ticker BHIA3 foi motivado por um prejuízo líquido de R$ 261 milhões divulgado no balanço do primeiro trimestre da empresa, prejuízo este que foi menor do que o do ano passado (R$ 297 milhões), mas não o suficiente para mostrar uma estabilidade operacional da empresa.

    Um caso curioso do período de análise foi o da C&A. Isso porque a desvalorização de 14,89% – maior da semana entre as varejistas – se descolou do resultado operacional da empresa de moda.

    Isso porque, de acordo com o relatório trimestral divulgado na quinta-feira, a C&A bateu a expectativa de mercado e registrou um lucro líquido de R$ 70,9 milhões no primeiro trimestre de 2024, revertendo prejuízo de R$ 126,3 milhões no mesmo período do ano passado.

    O INVA

    INVA é o índice criado pelo grupo Nhm para medir movimentações nas ações do segmento varejista listadas em Bolsa. Sua ideia é proporcionar uma leitura sobre o desempenho das operações relacionadas ao varejo que abriram capital e usam o pregão do Ibovespa para conquistar investidores e alavancarem seus negócios.

    A metodologia do estudo reúne as movimentações diárias dos índices de fechamento de cada ação para criar uma média, o INVA – número médio medido entre a variação das 26 empresas selecionadas, que é comparado com o índice do Ibovespa gerando gráficos para a checagem do comportamento do varejo em relação à movimentação do mercado em geral, regulando os índices de forma a perceber variações em tempo real.

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