IBEVAR faz levantamento sobre consumo de material escolar e os dados apontam variação de preços de mais de 200% nos itens das sete categorias analisadas
Para a economia, a volta às aulas é um momento importante no crescimento das vendas, aumentando a receitas das empresas e tendo um papel fundamental nos números dos meses de janeiro e fevereiro.
O ano já começa marcado pela compra dos materiais escolares para crianças e adolescentes. A lista enviada pelas escolas é grande e contém: lápis, caderno, borracha, apontador, estojo e muito mais. Esses itens são essenciais para o desenvolvimento do aluno em sala de aula e facilitam seu aprendizado.
Com o aumento no preço dos materiais no ano de 2023, os pais e responsáveis têm o desafio de comprar tudo que os filhos necessitam sem deixar que os preços acabem estourando o orçamento da família. O Procon-SP realizou uma pesquisa e apontou que as diferenças dos preços dos materiais em diferentes lojas podem chegar a mais de 260%, sendo muito importante pesquisar bem antes de ir passando o cartão.
Estudo detalhado
O estudo detalhado mostra dados que foram analisados com base em ofertas de preços dos 65 produtos mais relevantes para o ambiente escolar. A pesquisa comparou a variação de preço entre diferentes ofertas de um tipo de produto e também a diferença de preço com produtos licenciados.
O agrupamento foi organizado em sete conjuntos diferentes de produtos:
‣ Agendas, Cadernos e Fichários
‣ Estojos e Mochilas
‣ Itens para o Recreio
‣ Outros Essenciais
‣ Papéis
‣ Para a aula de artes
‣ Para Escrever
Grande variação
Para ter uma ideia da variação de preços registrada no estudo, no caso das mochilas tradicionais, essa percentagem chega à 776%, enquanto as mochilas de rodinha variaram 916%. No primeiro caso, o preço mais barato observado foi de R$39,90 e o mais caro R$ 349,00. Já no segundo caso, os preços das mochilas de rodinhas começam em R$61,90 e vão até R$629,00.
Os preços dos fichários universitários de 4 argolas analisados vão desde um modelo básico a um modelo de luxo. Os modelos básicos custam entre 20 a 40 reais, enquanto que os modelos de luxo podem custar até 150 reais. Isto representa uma variação de preço de 593%, o que significa que os preços dos fichários podem variar muito dependendo da qualidade ou do material usado na sua fabricação. Os cadernos de capa dura de 160 folhas também apresentam uma grande variação de preço de cerca de 357%. A Categoria menos elástica é a Agenda semanal de 114 folhas com uma variação média de apenas 4.18%.
Avalição das marcas
Segundo o Presidente do IBEVAR e Professor da FIA Business School, Claudio Felisoni de Angelo: “Esta diferença de preço pode ser significativa para os pais que procuram economizar. A pesquisa mostra, por exemplo, que os materiais escolares com personagens podem custar até três vezes mais do que os materiais escolares regulares. Portanto, é importante que os pais comparem os preços cuidadosamente para encontrar os melhores negócios”.
Para o melhor mapeamento do varejo, outro trecho da pesquisa também abordou a popularidade das principais marcas no período de volta as aulas. Os dados apontam, por exemplo, que as empresas europeias são consideradas as principais produtoras de lápis, canetas e artigos para desenho, devido à alta qualidade de seus produtos, pois investem em tecnologia de ponta para se manter competitivas e para oferecer produtos de melhor qualidade. Elas também possuem forte presença na indústria de material de escritório.