A análise de informações auxilia na montagem de estratégia e plano de ação para impulsionar as vendas
Nos últimos anos, com as adversidades tecnológicas, o uso de dados tem sido utilizado para a geração de insights nas empresas. O estudo realizado pela Snowflake Computing junto à Harvard Business Review revelou que empresas que usam dados para tomar decisões possuem mais chances de alcançar a longevidade. Como resultado, estratégias relacionadas às operações de uma empresa, ao comportamento dos clientes e percepção das tendências do mercado tornam-se mais assertivas. Também conhecida como data-driven decision making, a tomada de decisão transforma dados brutos em informações acionáveis e, com isso, ajuda na promoção de uma gestão mais eficiente.
No varejo, o uso de dados é comum. A coleta de dados ocorre via PDV, feedback do cliente, histórico de compras, entre outros. Essas informações geram insights de tendências e preferências e até mesmo previsões de ações dos consumidores. Com base nessas informações, é possível criar recomendações personalizadas e oferecer ofertas exclusivas, aumentando a satisfação e impulsionando as vendas.
Segundo Raphael Carvalho, CEO da SPOT Metrics, uma outra vantagem da base de dados é a aproximação com o cliente: “Cruzando os dados, a loja irá criar um perfil idealizado e, sempre que possível, enviar promoções e recomendações deste estilo para manter o relacionamento com o consumidor. É o que chamamos de canal omnichannel. Se há um bom relacionamento com o seu público, significa que a empresa está indo por um caminho bom e, consequentemente, a gestão é positiva”. A SPOT Metrics utiliza Inteligência de Dados para soluções no varejo.
Outro campo que utiliza dados para aperfeiçoar sua estratégia e gestão é o de cyber security. A base de dados pode tornar a gestão mais eficiente a partir da identificação e mitigação de riscos. A Wevy é uma empresa que utiliza algoritmos de machine learning para analisar grande volume de dados e fornecer respostas em caso de ameaças cibernéticas. O CEO, Tiago Garbim afirma que “transformar dados brutos em informações é benéfico para todas as áreas de operações. As informações nos permitem vigilância e prevenção. A partir das informações, nós, da gestão, tomamos as decisões para impedir ataques, fazer planejamentos e garantir o melhor desempenho”.
O uso de dados nas vendas e na gestão de negócios não é apenas uma tendência passageira, mas uma necessidade estratégica no mercado atual. A pesquisa realizada pela Opinion Box aponta que 68% das empresas B2B no Brasil se tornaram mais digitais desde o início da pandemia, com 73% adotando mais ferramentas digitais.
A utilização dessas informações tem o respaldo da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD). Independentemente da finalidade, todas as empresas brasileiras precisam seguir diretrizes rigorosas para a coleta, armazenamento, processamento e compartilhamento dos dados, com o objetivo de proteger a privacidade e os direitos dos indivíduos.