Unidades físicas, os quiosques criam uma conexão estratégica entre o mundo online e o mundo real, aumentando a visibilidade e a interação com o público
Em suas estratégias de expansão, muitas marcas têm apostado na transição do ambiente online para o físico. Franquias de quiosques se destacam nesse processo e há várias razões pelas quais as empresas estão investindo no modelo: ampliação de visibilidade, interação direta e atendimento pessoal.
Esse movimento impulsiona o crescimento do setor de franquias de quiosques no Brasil. De acordo com dados divulgados pela Associação Brasileira de Franchising (ABF), o país encerrou o último trimestre de 2022 com um total de 63,8 mil franquias, um aumento notável de 12,6% em relação ao mesmo período de 2021 (56,6 mil).O setor, aliás, conseguiu superar seu nível de faturamento pré-pandemia de Covid-19: em 2019, antes da crise de saúde pública, o segmento gerou um faturamento de R$ 186,7 bilhões. No ano passado, a receita alcançou R$ 211,4 bilhões, representando um aumento de 14,3% em comparação com os R$ 185 bilhões registrados em 2021.
Dessa forma, a estratégia de quiosques emerge como uma abordagem notavelmente eficaz, em que o investimento inicial e os custos mensais da operação revelam-se mais eficientes, proporcionando a possibilidade de alcançar um retorno sobre investimento (ROI) mais significativo ou uma recuperação de investimento (payback) mais rápida.
Para Andrei Dias, head de vendas da Nexaas, retail tech especialista em soluções para o varejo, a introdução de quiosques como parte da estratégia de negócios possibilita uma significativa ampliação da visibilidade da marca e dos produtos. “Os quiosques funcionam como vitrines físicas, permitindo que os clientes tenham interações diretas com os produtos, experimentando sua qualidade e visualizando as opções disponíveis. Essa experiência concreta tem o potencial de fortalecer a confiança dos consumidores e estimular o aumento das vendas”, afirma.
Nesse contexto, a integração dos canais online e offline torna-se cada vez mais evidente. Dias exemplifica que tem sido comum organizações com equipes digitais, que operavam de forma independente, agora colaborarem de maneira sinérgica, compartilhando visões unificadas da marca e fundindo operações tanto no mundo físico quanto no digital. Além disso, empresas com produtos altamente dependentes de uma experiência sensorial, como marcas de cosméticos, passaram a reconhecer a necessidade de expandir suas atividades presenciais devido à crescente demanda do mercado.
“Esses modelos de negócios representam a ponte entre o mundo digital e o físico, oferecendo uma abordagem híbrida que não apenas amplia o alcance da marca, mas também aprofunda a interação com o público. À medida que a tecnologia avança, é inevitável que mais marcas abracem essa estratégia para criar uma conexão única entre o mundo virtual e o mundo real, estabelecendo assim uma presença mais impactante no mercado”, conclui o especialista.