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    O futuro do trabalho no varejo segundo o World Economic Fórum

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    Diretor Vogal do IBEVAR, David Douek discutiu o futuro do trabalho em um horizonte de cinco anos e oomo deve o varejo encarar esta questão

    O Fórum Econômico Mundial (FEM), também conhecido como World Economic Forum (WEF), é uma organização internacional sem fins lucrativos que visa a facilitar encontros entre empresários, líderes políticos e representantes culturais que possuam o potencial de influenciar as agendas industriais, regionais e globais.

    No último mês de maio, o FEM publicou a quarta edição do relatório que trata do futuro do trabalho com previsões para o quinquênio iniciado em 2023.

    O documento foi construído com base na perspectiva de 803 empresas que empregam mais de 11 milhões de pessoas e oferece, como uma das principais conclusões, a ideia de que, atualmente, a mudança para um mercado mais verde e suscetível à influência da inteligência artificial (IA) é notável pela possibilidade de criação de novos postos, embora esses câmbios estejam sendo alardeados como duas grandes ameaças ao futuro do trabalho.

    Frente a essa ambígua situação, a manutenção do sucesso das empresas certamente depende de gerenciar  tais questões como oportunidades de incorporação de vantagem competitiva para o crescimento.

    Servir como bússola

    Para embasar as conclusões destacadas pelo FEM e servir como bússola para a tomada de decisão estratégica para os próximos cinco anos, o relatório se apoia em uma profusão de dados. Para este artigo são destacados alguns dos que atendem ao propósito de alertar varejistas sobre a necessidade de se posicionar ativamente frente às mudanças esperadas.

    Segundo o documento, mais de 85% das organizações pesquisadas identificam o aumento da adoção de novas tecnologias e a ampliação do acesso digital como as tendências mais propensas a impulsionar a transformação  de suas organizações. Em paralelo, as empresas investigadas afirmam que a incorporação de padrões Ambientais, Sociais e de Governança (ASG) mais rigorosos também terão influência significativa em seu modus operandi.

    As referidas agendas de transformação dos negócios pautadas pelas mudanças tecnológicas e de ASG devem, entretanto, ser abordadas levando em conta um cenário macroeconômico de aumento do custo de vida e de crescimento econômico lento.

    Variáveis encadeadas

    Ainda que com as anteriores ressalvas, big data, computação em nuvem e inteligência artificial devem ser amplamente adotadas. Mais de 75% das empresas reportam que irão recorrer a tais tecnologias nos próximos cinco anos.

    Especificamente no que tange à digitalização do comércio e negócios, 86% das organizações entrevistadas reportam a intenção de incorporar plataformas digitais e aplicativos a suas operações no mesmo período. O comércio eletrônico e negócios digitais, por suas vez, deverão ser adotados por 75% das empresas.

    Esses indicadores somados a outros citados pelo FEM tornam urgente a adoção de medidas condizentes com o momento. Isso posto, é necessário atentar-se para variáveis encadeadas, tais como a velocidade da mudança, a configuração de modelos de negócio e a consequente necessidade de formação de um corpo de colaboradores capacitados para liderar as mudanças.

    Este último, deve ser suportado por vultosos investimentos em educação. Nesse universo, o relatório destaca, espera-se um crescimento de 10% sobre o número de vagas existentes nesta indústria ou cerca de 3 milhões de postos.

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