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    Impostos pressionam estratégia do varejo na venda de material escolar

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    Itens como caneta, régua e borracha chegam a ter carga próxima dos 50%, pressionando a margem e dificultando a estratégia de preço das PME’s do varejo nacional

    Lucas Torres

    [email protected]

    De acordo com relatório do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), a ‘temporada de compra’ dos materiais escolares deve ser o principal motor do setor varejistas entre os meses de janeiro e fevereiro.

    Diante disso, varejistas de todo o país têm procurado criar ofertas criativas para se destacar da concorrência. A disputa não é fácil, é verdade. Afinal, gigantes como a Amazon têm entrado forte na disputa – utilizando seus capitais de giro para oferecer condições mais atrativas para os consumidores.

    Em sua estratégia no Brasil, a maior empresa de e-commerce dos Estados Unidos reuniu mais de 600 itens de material escolar para crianças, adolescentes e universitários em uma página de seu e-commerce e ofereceu uma modalidade de desconto progressivo, dentro da qual compras a partir de 5 unidades recebem descontos que podem chegar a uma margem de até 20%.

    Para as PME’s, a tarefa de acompanhar promoções de empresas super-estruturadas como a Amazon já é difícil por si só e ganha contrastes ainda mais complicados em face da alta carga tributária que incide sobre os produtos de material escolar e estrangula as margens dos varejistas.

    Ao analisarmos a tabela do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação, encontramos itens básicos da educação com impostos próximos à casa dos 50%. Dentre eles, se destacam: a caneta (47,49%); o caderno (34,99); a régua (44,65%) e a borracha (43,19%).

    Ao analisar o cenário, o economista e sócio fundador da startup ‘Dootax‘, Yvon Gaillard, afirma que, aos lojistas, resta apenas o esforço para uma adaptação ao cenário – já que o descumprimento de uma obrigação fiscal dessa natureza pode levar a prejuízos elevados.

    “Tendo em vista o momento econômico delicado, a alta da inflação que impacta diretamente no varejo, descuidar das rotinas fiscais, atrapalha uma melhor performance dos lojistas, já que qualquer falha acaba resultando em multas e juros, podendo até eventualmente ocorrer algum bloqueio judicial, que impacta diretamente no caixa e no resultado da empresa”, analisou o especialista da startup especializada em rotinas fiscais.

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