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    Descoladas do Ibovespa, ações do varejo recompensam investidores em março

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    Resultados concretos das vendas do setor superaram significativamente as previsões do mercado e respingaram diretamente nas ações das empresas do varejo

    Com queda de 0,83% durante o mês de março, o Ibovespa fechou um primeiro trimestre preocupante. Afinal, somando o decréscimo do último mês aos resultados de janeiro e fevereiro de 2024, principal índice da bolsa brasileira acumulou perdas de 4,53% no período e teve o pior desempenho entre as 41 principais bolsas de valores do mundo.

    O resultado caiu como um balde de água fria nas previsões do mercado que, diante do início do ciclo de queda de juros do ano passado, projetava um 2024 começando de maneira favorável para a renda variável.

    Nem tudo foram más notícias para os investidores brasileiros neste 1º trimestre, no entanto.

    Contrariando as expectativas de crescimento modesto, varejo nacional mostrou força ao atingir seu maior patamar de vendas desde 2020 e impulsionou uma reação significativa dos tickers das empresas do setor.

    Das 27 empresas monitoradas pelo INVA, 16 terminaram o mês de março com valorização de suas ações. Além disso, ainda olhando para os resultados de maneira geral, chama a atenção o fato de 10 destas ações do varejo terem se valorizado mais de 10%.

    Entre os destaques individuais, destacaram-se o Grupo Gararapes, dono da Riachuelo, que impulsionado pelo Ebitda de R$ 124 milhões da divisão de serviços financeiros ‘Midway‘, avançou o montante impressionante de 45,87%.

    Outra empresa que se destacou positivamente oferecendo um respiro para seus acionistas depois de inúmeras quedas consecutivas foi a Americanas – valorizando-se significativos 30% depois de exibir ao mercado o informe de diminuição dos prejuízos ao longo dos nove primeiros meses de 2023.

    Já no âmbito dos destaques negativos das ações do varejo, a queda brusca das Casas Bahia justifica um destaque especial. Isso porque, além de liderar as perdas da bolsa tanto no enquadramento anual quanto no do mês de março, com quedas respectivas de 46,1% e 32%, a empresa o fez a partir de um dado concreto: a comunicação de um prejuízio de R$ 1 bilhão ao longo do quarto trimestre de 2023.

    O INVA

    INVA é o índice criado pelo grupo Nhm para medir movimentações nas ações do varejo listadas em Bolsa. Sua ideia é proporcionar uma leitura sobre o desempenho das operações relacionadas ao varejo que abriram capital e usam o pregão do Ibovespa para conquistar investidores e alavancarem seus negócios.

    A metodologia do estudo reúne as movimentações diárias dos índices de fechamento de cada ação para criar uma média, o INVA – número médio medido entre a variação das 26 empresas selecionadas, que é comparado com o índice do Ibovespa gerando gráficos para a checagem do comportamento do varejo em relação à movimentação do mercado em geral, regulando os índices de forma a perceber variações em tempo real.

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