Sudeste lidera disparado, categorias de “Moda”, “Eletrodomésticos” e “Telefonia” se destacam em ano que e-commerce bateu recorde no Dia das Mães e faturou R$ 12,5 bilhões
O comércio eletrônico brasileiro comemorou um novo recorde em 2025: durante o período do Dia das Mães, o setor movimentou impressionantes R$ 12,58 bilhões, registrando uma alta de 26% em relação a 2024, quando o faturamento foi de R$ 9,97 bilhões, segundo levantamento da Neotrust CONFI em parceria com o E-Commerce Brasil.
O estudo mapeou com profundidade o comportamento do consumidor em todas as regiões do país e reforçou o protagonismo do digital nas datas comemorativas.
O Sudeste continua sendo o motor do comércio eletrônico nacional, responsável por mais da metade do faturamento total, com R$ 7,1 bilhões, seguido por Nordeste (R$ 2,37 bi), Sul (R$ 1,83 bi), Centro-Oeste (R$ 895 mi) e Norte (R$ 388 mi). Neste ano em que o e-commerce bateu recorde no Dia das Mães, todas as regiões apresentaram crescimento em relação a 2024, com destaque para o Sul, que avançou 46%, saltando de R$ 1,24 bilhão para R$ 1,83 bilhão em apenas um ano.
Entre as categorias mais lucrativas estão Eletrodomésticos (R$ 1,13 bilhão), Telefonia (R$ 1,14 bilhão) e Moda e Acessórios (R$ 865 milhões), seguidas de perto por Eletrônicos (R$ 819 milhões) e Móveis (R$ 825 milhões). A categoria “Outros” — que engloba itens como serviços, marketplaces e produtos não categorizados — atingiu R$ 4,05 bilhões, reforçando a diversificação do consumo digital.
“A transformação digital do consumo não é mais tendência, é uma realidade consolidada e respaldada por dados robustos. O e-commerce bateu recorde no Dia das Mães em 2025 com crescimento de 26% no faturamento comparado ao ano anterior, evidenciando um consumidor cada vez mais exigente, omnichannel e digitalmente maduro. Hoje, conveniência, personalização e agilidade deixaram de ser diferenciais e passaram a ser pré-requisitos. O ecossistema está respondendo a essa nova demanda com tecnologia embarcada, uso intensivo de inteligência de dados e modelos preditivos que otimizam desde a jornada de descoberta até a recompra. O avanço da inteligência artificial generativa na personalização de ofertas e no atendimento também tem elevado o patamar competitivo das marcas. Estamos diante de um ciclo em que dados e experiência do cliente são os ativos mais valiosos do comércio digital”, analisa Bruno Pati, CEO do E-Commerce Brasil.
O estudo também revelou mudanças relevantes no perfil de consumo. O público acima dos 55 anos foi responsável por um crescimento de 39% no faturamento em categorias como Beleza, Perfumaria e Utilidades Domésticas, evidenciando a inclusão digital de faixas etárias tradicionalmente menos representadas. As mulheres representaram 54,2% do faturamento total em 2025, com destaque para as gerações com maior poder de compra, entre 35 e 54 anos.
“Falar de e-commerce hoje é falar do comportamento real de compra. O shopper está mais estratégico, alterna entre físico e digital, compara, pesquisa e decide com mais consciência. Nossos dados mostram essa jornada na prática — por região, faixa etária e categoria — e ajudam o mercado a tomar decisões mais inteligentes”, analisa Francisco Weiss, CEO da Neotrust CONFI.
O desempenho recorde também reflete a capacidade técnica do setor. Com uma infraestrutura mais preparada, logística avançada e o uso crescente de inteligência artificial na personalização da jornada de compra, o varejo online brasileiro se consolida como um dos mais dinâmicos do mundo.
“O marketing digital sempre olhou muito para o dado de navegação — entender onde o consumidor clica, como se ele estivesse só passeando pelo shopping. Mas o que realmente importa agora é entender o dado de compra: o que esse shopper leva pra casa, de verdade. É essa visão que conecta dados com estratégia de negócio”, ressalta Vanessa Martins, Head de Marketing da Neotrust CONFI.
As expectativas para o segundo semestre, impulsionado por datas como Dia dos Pais, Black Friday e Natal, são igualmente promissoras.