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    Americanas ensaia início de recuperação operacional

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    Em demonstrações financeiras dos primeiros nove meses de 2023, Americanas demonstrou redução do prejuízo em R$ 1,4 bilhão, melhora do Ebitda e da margem bruta, e retomada do crescimento em lojas físicas no 3º trimestre de 2023

    A Americanas S.A. divulgou ao mercado, nesta segunda-feira (26/02), as informações financeiras dos três primeiros trimestres de 2023. Os números já demonstram os primeiros sinais da transformação da Companhia, como a melhora da margem bruta em 11,1 p.p. e uma evolução de R$ 791 milhões no Ebitda no acumulado do período, na comparação anual. Essa evolução da margem é resultado do reposicionamento estratégico do e-commerce e das ações adotadas com o objetivo de fortalecer o sortimento das categorias destino da Companhia e de maior potencial de geração de margem bruta.

    Com a homologação do Plano de Recuperação Judicial e o avanço no novo plano de negócios, a expectativa da Americanas é de redução do endividamento, geração sustentada de caixa e rentabilidade positiva em 2025. “Hoje, já podemos dizer que superamos a fase mais crítica pela qual a Americanas passou. O que vem nas próximas etapas ainda é bastante desafiador e o processo de recuperação, como dito na divulgação de resultados de 2022, será contínuo e gradual”, afirma Leonardo Coelho, CEO da Americanas.

    O trabalho de diagnóstico e construção de novas bases para a transformação da Americanas, conduzido no último ano, teve impacto positivo ainda em 2023. Nos nove primeiros meses de 2023 (9M23), as lojas físicas registraram crescimento em algumas categorias de departamentos de general merchandising, como bomboniere e biscoitos, o maior em vendas da Companhia no período. Apesar da queda de 2,9% de vendas brutas no conceito “mesmas lojas” nos 9M23, a companhia reverteu essa tendência e evoluiu para crescimento de 3,6% no 3T23, mesmo com um mix de produtos com menor valor agregado, em função da estratégia de redução na oferta de eletroeletrônicos, como televisores de telas grandes, notebooks e linha branca, agora disponíveis somente no canal digital.

    A performance destacada da plataforma física foi atribuída à relação de parceria com os fornecedores e à linha de crédito (DIP financing) disponibilizada pelos acionistas de referência, que permitiram a recomposição do sortimento e a manutenção do abastecimento de lojas. O resultado também reflete a maior racionalidade de precificação, o fortalecimento do sortimento de categorias com maior identificação com os clientes e com potencial de geração de maior margem bruta, e a otimização do parque de lojas, com encerramento de 99 operações deficitárias e aumento da alavancagem operacional nas mais de 1.700 lojas físicas em todo o Brasil.

    O digital apresentou queda devido à redução da confiança nas primeiras semanas após o pedido de recuperação judicial e, em um segundo momento, em função da revisão de sua estratégia. A companhia, agora, atua no fortalecimento do Super 3P, com a migração de categorias relevantes em venda para o marketplace e investimentos otimizados em marketing. “Estamos construindo uma cultura única e de volta ao simples, a partir da combinação de estratégias conjuntas com a indústria e sellers, para atender às necessidades básicas e diárias dos nossos clientes de uma maneira descomplicada, eficiente e leve”, afirma o executivo.

    Na conferência de hoje com o mercado, a Americanas apresentará o detalhamento dos resultados dos 9M23, além dos próximos passos do PRJ e de seu plano de negócios.

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