Mais

    Alta do uso de apps para compras no supermercado possibilita ofertas personalizadas

    spot_img

    Experiência digitalizada com uso de apps para compras no supermercado aumenta importância do uso estratégico do canal como diferencial

    O cada vez mais crescente uso de aplicativos para compras de supermercado abre portas para estabelecimentos criarem ofertas personalizadas e programas de pontos e cashbacks aos clientes. Estudo recente da Neogrid, em parceria com a Opinion Box, revela que 75% dos brasileiros utilizam as ferramentas digitais para suas compras, 65% deles considerando a entrega rápida como fator determinante para esse tipo de comportamento. Jéssica Fahl Ribeiro, especialista em gestão ágil, marketing e inovação, explica que é preciso se adaptar frente às práticas consumeristas.

    “Tendo em vista esse crescente uso de apps para compras no supermercado , os estabelecimentos precisam criar estratégias de comunicação com os clientes para dar visibilidade aos produtos e aumentar as vendas”, observa a especialista. De acordo com Jéssica, diversos são os fatores que levam as pessoas a optarem pela compra digital em supermercados. “Entre eles, a praticidade, o fato de não precisar se deslocar até o estabelecimento ou o poder de decidir o que entra e o que sai do carrinho com apenas um clique, sem passar pelo constrangimento ou pelo aborrecimento de ter que tirar as coisas na hora de passar no caixa”, exemplifica.

    Para além da autonomia e da agilidade de realizar uma compra, muitos estabelecimentos criam programas de pontos que podem ser trocados por benefícios. “Para o consumidor, existem muitos benefícios, como economia de tempo, de deslocamento, de pontos e benefícios exclusivos, descontos”, ressalta. A pesquisa apontou ainda que 33% dos entrevistados compram pelo aplicativo semanalmente, enquanto 23% utilizam por mês e 19% diariamente. “Assim, os aplicativos também se tornam um ambiente de comunicação e personalização”, diz Jéssica.

    Ofertas personalizadas

    Jéssica afirma que, quando os consumidores utilizam apps para compras no supermercado, podem autorizar a compartilhar dados e informações que podem ser úteis às estratégias de vendas do estabelecimento, além de ficar registrado o histórico de compras. “Essa experiência transforma todas essas interações em dados que podem ser usados de forma estratégica tanto pelo supermercado quanto pelas marcas.” A especialista aponta que o uso da tecnologia e da inteligência artificial contribui para a hiperpersonalização. “Com isso, o supermercado consegue ajudar o cliente a ter uma experiência digital automatizada, levando-o a conhecer marcas e produtos que tenham relação com seu gosto.”

    Nesse sentido, o aplicativo é uma ferramenta de comunicação de produtos que apresentem custo-benefício, que estejam em promoção, que façam sentido para o tipo de perfil de cada cliente. “Com o aplicativo, o supermercado consegue mostrar produtos comprados anteriormente que tenham algum desconto além de marcas mais consumidas por cada cliente, potencializando ainda a parceria com diferentes marcas do portfólio do estabelecimento.” Jéssica pondera que isso só é possível com a autorização do compartilhamento de dados do cliente. “Os estabelecimentos precisam entender como usar esses dados em favor do negócio e do cliente.”

    Experiência presencial

    Mesmo com a demanda crescente pelas compras digitais, a especialista ressalta a importância de os estabelecimentos continuarem investindo em experiências presenciais. “É importante lembrar que nem tudo vai ser totalmente digital, então é preciso pensar em soluções híbridas”, ressalta. Entre as possibilidades está utilizar recursos digitais na loja física, criando um ambiente presencial conectado com o digital. “O espaço precisa ter um bom autoatendimento, caixas com tecnologia e recursos que tornem o checkout mais ágil. Há muitas possibilidades para serem exploradas.”

    Além disso, na avaliação de Jéssica, mesmo a compra digital tem recursos presenciais, como a entrega. “Está tudo misturado, porque a entrega da compra digital é presencial. Então, é preciso pensar e estruturar uma experiência agradável nesse momento, senão o impacto pode ser negativo. E isso pode prejudicar o efeito positivo da experiência digital”, afirma. A especialista diz que a entrega deve ser de excelência para potencializar a experiência de compra e tornar o cliente fidelizado nessa modalidade de comportamento. 

    Em Alta

    O que é varejo?

    O que é a NRF?

    Quer receber mais conteúdos como esse?

    Você pode gostar