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    Relatório do FGVcev aponta artigos farmacêuticos e cosméticos como itens de maior crescimento do varejo brasileiro no ano passado

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    Estudo divulgado no fim de dezembro indica que artigos farmacêuticos e cosméticos tiveram alta de 14,4% em relação a 2023. Veja mais dados e acompanhe as projeções para 2025

    Embora o resultado do fechamento do PIB brasileiro em 2024 ainda não tenha sido consolidado, a expectativa é que ele feche 2024 com crescimento de 3% – resultado impulsionado majoritariamente pelo consumo das famílias, cuja alta deve ficar na casa dos 5,2%, refletindo a queda no desemprego e o aumento da renda.

    Segundo projeções do relatório Tendências do Varejo do Centro de Excelência em Varejo da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGVcev), o consumo do governo, por sua vez, apresentará um crescimento mais modesto de 1,7%.

    Em relação ao varejo o índice revela que, em 2024, os segmentos de Artigos Farmacêuticos e Cosméticos e Artigos Pessoais e Domésticos devem, ao fim da consolidação, registrar a maior alta. Em contrapartida, Livros, Jornais e Papelaria são aqueles que terão o pior desempenho entre os segmentos do varejo. Confira todas as projeções para esse ano e para 2025.

    Combustíveis e Lubrificantes: Projeção de queda de 2,05% em 2024, apesar de crescimento recente; em 2025, espera-se um leve aumento de 0,5%;

    Hipermercados, Supermercados e Alimentos: Crescimento de 4,6% em 2024, com arrefecimento em 2025 para 1,2%, devido ao impacto da política monetária restritiva;

    Tecidos, Vestuário e Calçados: Projeção de crescimento de 2,71% em 2024 após anos negativos. Para 2025, a estimativa é de crescimento robusto de 6,4%;

    Móveis e Eletrodomésticos: o segmento deve crescer 4,4% em 2024. Mas, no próximo ano, haverá desaceleração de 2,3%;

    Artigos Farmacêuticos e Cosméticos: alta expressiva de 14,4% em 2024, impulsionada pela demanda essencial. Em 2025, o segmento continua em aceleração, com estimativa de um crescimento de 8,3%;

      Livros, Jornais e Papelaria: Setor fechará o ano em retração de 7,47%. No próximo ano, espera-se uma recuperação leve de 1,07%;

      Equipamentos de Informática e Escritório: crescimento tímido de 0,7% em 2024, com ligeira melhora de 1,05% em 2025;

      Outros Artigos Pessoais e Domésticos: Previsão de alta de 6,32% em 2024, com estabilidade (-0,33%) projetada para 2025.

      Sobre o ano de 2025, o relatório projeta que o PIB terá um crescimento bem modesto (+0,33%) devido ao cenário mais desafiador, com a redução do ritmo de expansão fiscal, contração do crédito e aumento moderado do desemprego. Esses fatores pressionarão a demanda e a confiança econômica.

      “A economia está operando acima de sua capacidade produtiva, gerando pressões inflacionárias, contudo essa situação não é sustentável a longo prazo. Além disso, a inflação segue acima da meta do BC e a dívida pública do país cresce. Diante desse cenário, o crédito para os brasileiros ficará mais caro e com menos oferta, logo o consumo cai e a atividade econômica também”, explica o editor do relatório Tendências do Varejo e professor de Economia da FGV EAESP, Ricardo Meirelles de Faria. 

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