Head Comercial para Varejo da Sky.One, Luiz Carlos Pereira de Pádua explicou como mitigar os possíveis impactos negativos da Páscoa aos negócios – caso da ruptura de estoque
A páscoa é sempre uma data movimentada para o varejo, pois observa-se um aumento expressivo no consumo, especialmente de chocolates. Dados da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab) indicam que o período da páscoa de 2022 registrou um crescimento de 13% nas vendas de ovos de chocolate, em comparação com 2021. E para este ano, a expectativa do setor é que este percentual continue crescendo.
No entanto, tamanha demanda também pode causar impactos negativos aos negócios, como é o caso da ruptura de estoque. Esse é um problema recorrente e que afeta a lucratividade de muitas redes, podendo ocorrer de diversas formas, seja pela falta de controle de estoque, por um produto danificado, por roubo/furto e também por produtos vencidos.
A consequência de uma lucratividade afetada leva ao dilema de quem nasceu primeiro: o ovo ou a galinha? Ou seja, é preciso investir em melhorias para lucrar mais ou lucrar mais para investir em melhorias? Para ajudar na resolução deste dilema, o estudo “Beyond the hype: Separating ambition from reality in enterprise AI” da consultoria McKinsey & Company, realizado em 2019, mostra que supermercados que investem em tecnologias avançadas podem obter uma vantagem competitiva significativa, podendo aumentar suas margens de lucro em até 30%.
Nesse sentido, existem algumas tecnologias que já são adotadas atualmente pelos supermercados, como os ERPs, que com um pouco de otimização, podem resultar em maior eficiência operacional e aumento da margem de lucro.
ERP integrado a outros sistemas existentes
Como mencionado acima, a maioria dos varejistas já têm um ERP (Sistema integrado de gestão), onde realizam toda a gestão relacionada a prevenção de perdas e controle de rupturas de estoque. Gerenciando todas as etapas das movimentações do estoque, como compras, entradas de mercadorias, inventários, baixas em tempo real na frente de caixa, reposições automáticas, reposições emergenciais, entre outras operações do dia a dia. Além disso, o ERP, pela sua própria característica, já conta com a integração nativa de alguns sistemas como comercial, contábil, fiscal, financeiro e patrimonial.
Contudo, fora do ERP, a maioria dos varejistas possuem sistemas de PDV (frente de caixas), WMS (sistema de gerenciamento de armazéns), CRM (sistema de gestão de relacionamento com o cliente), RH (sistema de folha de pagamento e pessoas), e-commerce, serviços de entregas e outros. Neste caso, as plataformas de integração são necessárias e importantes para otimizar e garantir mais assertividade e rapidez nos processos, de forma automatizada e segura.
Migração para a nuvem: flexibilidade, agilidade e muito mais segurança
É característico do setor varejista manter seus ERPs e sistemas em servidores locais, no entanto, para suportar períodos de sazonalidade e alta demanda, como na páscoa, ou a infraestrutura precisa ser pensada prevendo o pico (o que significa alto desperdício fora deste período) ou é utilizada apenas a infraestrutura do dia a dia, gerando ruptura e grandes prejuízos, em momentos em que a lucratividade poderia ser maior.
Por isso, a solução mais segura e acessível para o varejista, que tem a TI como aliada ao negócio, é a nuvem pública, pois essa adesão torna o ambiente escalável, a partir do ajuste de parâmetros que acompanham o crescimento do negócio, bem como com as devidas camadas de segurança ao ERP e sistemas periféricos. Mas cuidado: é preciso conhecer a nuvem para que ela não seja uma vilã dos seus custos!
O investimento em uma boa infraestrutura de TI no setor varejista evita a necessidade de correr atrás do prejuízo somente em datas de alta demanda, onde existe um consumo maior e exige mais do ambiente. Desta forma, investindo a longo prazo e aderindo tecnologias de ponta, o segmento de supermercados se tornará cada vez mais escalável, competitivo e seguro.