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    Ferramentas de gestão e análise de dados devem garantir atividade do varejo no período eleitoral

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    Em artigo, o CRO da Zinz, Alisson Brito, fala como análises mais racionais têm contribúido para superação dos gatilhos emocionais e um comportamento mais ativo do varejo no período eleitoral

    Em todo ciclo eleitoral, o varejo revive a cena de empreendedores congelando decisões e esperando “o cenário clarear”. A sensação é de que qualquer movimento político pode transformar radicalmente o setor. Essa percepção, embora compreensível, não encontra respaldo nos dados nem no comportamento histórico do mercado. O varejo no período eleitoral, especialmente o franchising, funciona com mais estabilidade do que parece. Quem decide abrir ou adiar um projeto costuma se guiar pela sensação de risco. Quando o risco parece grande, as decisões ficam paradas.

    Em anos eleitorais, o excesso de notícias e previsões pessimistas ativa o viés de disponibilidade, um fenômeno psicológico que nos faz superestimar riscos porque são muito comentados. Outros mecanismos reforçam essa distorção, o atalho mental a heurística da ameaça, que nos deixa mais sensíveis a possíveis perdas; a ilusão de controle, que congela decisões diante de cenários caóticos e a ansiedade antecipatória, que imagina futuros piores do que os reais.

    A incerteza é emocional, o crescimento, factual

    Em 2010, o setor de varejo cresceu 10,9%. Em 2014, avançou 3%. Em 2018, o franchising cresceu 7,1% em faturamento. No entanto, foi 2022, também ano eleitoral, considerado o melhor ano recente das franquias, com alta de 14,3% em faturamento e 9% em aumento de unidades.

    Os dados mostram que a sensação de risco que domina o empreendedor em períodos eleitorais é, em grande parte, psicológica, não estrutural. A percepção de ameaça pode crescer, ainda assim, quem se orienta por números enxerga estabilidade e mantém o rumo dos negócios. Por isso, em momentos de incerteza, a capacidade de pensar racionalmente torna-se estratégica. No varejo, emoção custa caro e, quando bem administrada, pode gerar vantagem competitiva.

    Essa necessidade de clareza abre espaço para que ferramentas de gestão e análise de dados mostrem que o varejo responde mais à eficiência operacional e à execução do que a ciclos políticos, reduzindo margem de erro e permitindo decisões baseadas em evidências, especialmente para quem investe em expansão física.

    Os ciclos eleitorais mostram que o varejo no período eleitoral avança, mesmo com a natural incerteza política. Por isso, seguir investindo costuma gerar vantagem. O consumidor não desaparece e as redes que enxergam essa dinâmica tendem a avançar mais. Nesse contexto, decisões guiadas por fatos e sustentadas por informação garantem melhor posicionamento para o que vem depois do ano eleitoral.

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