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    Empresas do setor varejista devem seguir com altos índices de endividamento,avalia Allianz Trade

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    Análise foi realizada durante o Credit Talk, fórum econômico da seguradora, que avalia movimentação do varejo restrito. Veja outras previsões para as empresas do setor varejista

    Na última semana, a Allianz Trade no Brasil, líder em seguro de crédito, realizou a segunda edição anual do Credit Talk, fórum online que apresentou as análises setoriais dos especialistas da seguradora com dados e insights baseados nos estudos macroeconômicos conduzidos pela equipe da Allianz Research, divisão de pesquisa global da Allianz Trade. 

    De acordo com a Head de Credit Underwriting da seguradora, Thais Rosa, o cenário do varejo restrito (bens de consumo) aponta um crescimento de 4,7% em 2024, maior crescimento desde 2012. Apesar disso, as projeções para 2025 indicam uma desaceleração no ritmo de crescimento do setor, estimado em 1,9%. 

    “Uma das explicações é a queda no ritmo de consumo das famílias. O nível de endividamento segue elevado, restringindo o poder de compra de grande parte da população, além disso, o custo do crédito permanece elevado, dificultando o financiamento de bens duráveis. Ao mesmo tempo, o mercado de trabalho ainda apresenta altos índices de informalidade, com renda média que não cresce na mesma proporção da inflação”, avalia Thais. 

    Com a alta da taxa de juros, a seguradora avalia que as empresas do setor varejista permaneçam com altos índices de endividamento, com custo de dívida alto, que pode impactar diretamente os resultados dessas empresas. 

    “O varejo também está sofrendo muitas pressões de custo, sejam eles logísticos, de frete, estoque ou trabalhista, tudo isso para manter os níveis de competitividade exigidos por este setor. Além disso, as empresas ainda buscam um nível alto de digitalização por conta da mudança do perfil do consumidor, o que também gera altos custos de implementação”, analisa. 

    A executiva também aponta que a entrada de grandes empresas internacionais no setor trouxe novos padrões de logística, precificação e experiência do consumidor, o que exige mais investimentos dos players locais, além de fatores macroeconômicos (câmbio, mudanças tributárias e política econômica) que podem afetar a confiança do consumidor e, consequentemente, o setor como um todo. 

    “Temos visto cada vez mais um aumento de exigência dos consumidores no posicionamento das empresas do setor varejista, buscando marcas mais sustentáveis, com compromissos em responsabilidade ambiental e diversidade, o que demanda investimentos contínuos para o setor, contribuindo para o movimento de alavancagem e margens mais apertadas em 2025”, finaliza.

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