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    Black Friday: o caos que faz o varejo pulsar

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    Conheça as origens do principal evento de marketing do varejo mundial

    Lucas Torres

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    Ainda falta um pouco mais de um mês para a chegada da Black Friday 2022, mas o evento – marcado para o dia 25 de novembro – já movimenta a estratégia dos varejistas brasileiros e, claro, o planejamento e a ansiedade dos consumidores.

    Tamanha adesão da nossa cultura a esta sexta-feira repleta de promoções faz parecer que ela já faz parte do calendário do varejo nacional há muito tempo. A verdade, porém, é que não apenas não faz tanto tempo assim como sua origem tem pouca ligação com as tradições locais.

    Realizada pela primeira vez no Brasil no ano de 2010, a Black Friday nasceu de uma tradição tipicamente estadunidense: o Dia de Ação de Graças, anualmente celebrado na quarta quinta-feira do mês de novembro.

    Aproveitando-se do clima de positividade deste que é um dos feriados mais importantes dos Estados Unidos (EUA), os lojistas começaram – ainda no início do século XX, por volta do ano de 1905, a lançar grandes liquidações na sexta-feira logo após o feriado.

    A estratégia deu muito certo logo de cara e passou a ser refletida em filas quilométricas na porta das lojas.

    Até a década de 1960, a ação ainda carecia de um nome forte o suficiente para consolidar definitivamente como um patrimônio do marketing dos EUA – algo que, diferente do que pode se imaginar, não ocorreu de maneira pensada, mas em um acaso para lá de curioso.

    Associado a eventos calamitosos na cultura norte-americana, o termo ‘Black’ se uniu ao Friday a partir da frustração de policiais da Filadélfia que – frustrados pelo caos causado pela multidão de consumidores ávidos por explorar as promoções da sexta-feira pós Ação de Graças, sentenciaram: “esta sexta é a Black Friday”.

    Apesar da origem negativa do termo, ele era simbólico: algo como uma referência à força dos desejos humanos – fator apontado pelo linguista Benjamin Zimmer como a principal razão para que o slogan fosse nacionalizado e posteriormente exportado entre as décadas de 1980 e 1990.

    Atualmente, Black Friday tem faturamento bilionário ao redor do mundo

    De volta à contemporaneidade, a evolução da Black Friday como um produto de sucesso do marketing do varejo fica evidente quando observamos os números de seu faturamento nos EUA e no Brasil.

    Impulsionado, segundo especialistas, pela popularização do e-commerce durante a pandemia da covid-19, o evento atingiu alguns de seus maiores montantes no ano 2021. Nos Estados Unidos, o faturamento movimentado foi de RS 7,72 bilhões nos Estados Unidos. Já no Brasil, o montante atingiu a casa dos R$ 5,4 bilhões no Brasil.

    Para 2022, a expectativa é que o resultado seja novamente impactante. Afinal, de acordo com pesquisa conduzida pelo Grupo Globo, 80% dos consumidores que adquiriram ao menos um produto durante as promoções do ano passado se afirmaram satisfeitos ou muito satisfeitos com os preços encontrados.

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