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    Influenciadores, recompensas e gamificação: a nova fórmula para marcas transformarem clientes em aliados em 2025

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    Empresas apostam em influência estratégica, benefícios personalizados e tecnologia para transformar clientes em aliados de crescimento

    A influência digital e os aplicativos de compra estão moldando um novo modelo de fidelização e engajamento entre marcas, criadores de conteúdo e consumidores. Esqueça os velhos programas de pontos: a nova era mistura comissionamento, gamificação e conexão genuína com a comunidade. Enquanto marcas como Oscar Calçados e Linus apostam em programas de embaixadores para estreitar laços e transformar seus clientes, em aliados especialistas em criação de conteúdo como a agência LOI Group, e empresas de tecnologia para o varejo, como a Kobe Apps, se adaptam para mostrar que a construção de relacionamentos duradouros com o consumidor passa por uma nova lógica.

    Na Oscar Calçados, o programa Haus Creators Oscar já reúne quase 100 influenciadores parceiros em menos de um ano. Criadores com a partir de 10 mil seguidores no TikTok (ou 5 mil no Instagram) são comissionados de acordo com a categoria de seguidores, quanto maior o número de seguidores, maior o valor do voucher. O acompanhamento das vendas é feito por meio dos cupons divulgados por cada influenciador, que são aplicados no site antes de finalizar a compra. Ao atingir o teto mínimo de vendas, o influenciador tem direito à retirada de comissão. Além disso, o grupo tem atualizações diárias sobre promoções e desempenho, e também participam de desafios com bonificações, como: pacotes de viagem, ingressos para festivais, entre outros, com o objetivo de manter a comunidade de influenciadores engajada.

    “O programa, com menos de um ano de existência, já recebeu mais de mil inscrições por todo o Brasil e conta com uma análise criteriosa dos perfis para selecionarmos aqueles que mais se alinham ao propósito da marca”, afirma Renan Constantino, sócio-diretor do Grupo Oscar Calçados.

    Mas o vínculo vai além de dinheiro. É sobre afinidade, comunidade e pertencimento, como mostra a Linus, marca de calçados sustentáveis que estruturou seu Programa de Embaixadores com foco em relacionamento. Segundo pesquisa feita pela própria marca, 43% dos consumidores conheceram a Linus por meio de amigos ou familiares, e 46% se basearam em indicações no momento da compra. “Desde o início, apostamos nesse tipo de comunicação em que a maior força vem da comunidade – e de como ela interage de forma natural e genuína com a marca”, diz Olívia Araújo, Brand Manager da Linus.

    A LOI, agência global especializada em influência e performance, reforça que esse modelo só funciona quando há autenticidade na narrativa. “Marcas não querem só números. Elas buscam histórias bem contadas, creators com estratégia, conexão e clareza nos dados”, afirma Felipe Colaneri, founder da LOI. Para quem quer se destacar nesses programas, a dica é dominar seu público, apresentar boas métricas, investir em conteúdos com propósito e cultivar a relação com a marca mesmo fora das ações comerciais.

    Essa lógica de recompensa, fidelização e engajamento se estende também aos aplicativos de compra, que ganharam novas funções e protagonismo em 2025.

    “Os apps evoluíram para se tornarem centros da jornada do consumidor, integrando gamificação, missões personalizadas, cashback e interações que reforçam o vínculo com a marca”, explica Bruno Bulso, COO da Kobe Apps, plataforma que desenvolve aplicativos de varejo. Na prática, a empresa já reúne cases de varejistas com mais de 250 mil usuários ativos em apps com sistemas de pontos trocáveis por produtos, enquanto outros apostam em cashback proporcional ao ticket médio para incentivar a recompra, mesmo em categorias de baixo giro.

    Segundo Bulso, a fidelização deixou de ser diferencial: é obrigação para marcas que querem permanecer relevantes. Os consumidores querem ser reconhecidos, e apps bem estruturados são hoje o canal mais eficiente para isso.

    De creators à trasformação de clientes em aliados, o momento atual exige mais do que uma boa oferta: é preciso unir experiência com propósito, benefícios tangíveis e relações autênticas. As marcas que entenderem essa lógica, e souberem ativá-la nos lugares certos, com as pessoas certas, têm grandes chances de liderar o jogo da influência em 2025.

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