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    Logística e tecnologia: a chave para o sucesso no social commerce

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    Em artigo, o gerente da divisão de Logística na Gi BPO, Elvis Camilo, fala sobre como as ferramentas digitais são fundamentais para lidar com picos de demanda inesperados em campanhas de sucesso no social commerce

    O avanço das redes sociais transformou o comportamento dos consumidores e a forma como as empresas operam. O social commerce, que une plataformas sociais e estratégias de e-commerce, surge como uma oportunidade significativa para marcas que desejam ampliar sua visibilidade e suas vendas. 

    No entanto, essa oportunidade vem acompanhada de desafios, principalmente quando falamos de picos de demanda inesperados, gerados por viralizações e campanhas com influenciadores digitais.

    O sucesso nesse cenário depende de dois pilares essenciais: um planejamento estratégico robusto e o uso inteligente da tecnologia. Sem esses elementos, as marcas correm o risco de enfrentar rupturas na cadeia de suprimentos, atrasos nas entregas e, consequentemente, insatisfação dos clientes.

    Quando uma campanha nas redes sociais ganha tração, as vendas podem disparar em questão de horas. Essa imprevisibilidade exige que as empresas tenham um planejamento contingencial sólido. Isso inclui acordos pré-estabelecidos com fornecedores, aumento temporário da capacidade de armazenamento e equipes treinadas para escalonar operações rapidamente.

    Outra medida indispensável é o uso de ferramentas de automação e monitoramento em tempo real. Essas soluções permitem que as marcas acompanhem menções, tendências e o engajamento nas redes, reagindo rapidamente a oportunidades e desafios.

    A tecnologia é um fator-chave para o sucesso no social commerce. Ferramentas de análise de dados, por exemplo, ajudam as marcas a entender melhor o comportamento do consumidor e prever tendências, permitindo ajustes em tempo real nas estratégias de marketing e operações logísticas.

    Além disso, plataformas de e-commerce integradas a redes sociais facilitam a conversão de engajamento em vendas, enquanto CRMs avançados personalizam a experiência do cliente. Chatbots e inteligência artificial também desempenham um papel importante, oferecendo suporte 24/7 e reduzindo a carga sobre as equipes.

    Elvis Camilo é gerente da Gi BPO, marca de Outsourcing do Gi Group Holding

    Um dos maiores desafios no social commerce é evitar rupturas na cadeia de suprimentos. Diversificar a base de fornecedores e manter estoques de segurança são práticas fundamentais para lidar com períodos de alta demanda ou atrasos imprevistos.

    Outro recurso é o uso de software de previsão de demanda. Essas ferramentas analisam dados históricos e tendências, permitindo ajustes proativos no estoque. Além disso, manter uma comunicação clara e transparente com clientes e parceiros da cadeia de suprimentos minimiza impactos e preserva a confiança do consumidor.

    Os números deixam claro o potencial do social commerce. Um levantamento da Nuvemshop mostrou que pequenas e médias empresas de varejo realizaram 437 mil pedidos diretamente pelas redes sociais em 2023, um aumento de quase 250% em relação a 2020.

    Segundo dados da Tidio, apenas 15% dos consumidores sabem como devolver itens comprados em redes sociais, e 81% relataram problemas na experiência do cliente. Esses dados mostram que, além de estratégias bem definidas, as empresas precisam investir em logística planejada para atender às expectativas do consumidor moderno.

    Com a indústria de marketing de influenciadores avaliada em US$ 21 bilhões em 2023 e vendas globais pelas redes sociais projetadas para ultrapassar US$ 8 trilhões até 2030, o social commerce é uma tendência que veio para ficar. Alinhar tecnologia, planejamento logístico e uma visão estratégica é o caminho para aproveitar esse potencial de forma sustentável e bem-sucedida.

    As empresas que conseguirem equilibrar esses elementos não apenas aumentarão suas vendas, mas também construirão uma base de consumidores fiéis e satisfeitos. O futuro do varejo digital passa, inevitavelmente, pela integração de redes sociais, logística ágil e tecnologia de ponta.

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