Mais

    63% devem usar a Black Friday para comprar itens de Natal

    spot_img

    Levantamento do Cuponomia indica crescimento de consumidores que optam por usar a Black Friday como parte do planejamento para as compras de fim de ano

    O comportamento do consumidor na Black Friday de 2025 aponta para uma data cada vez mais integrada ao planejamento financeiro das famílias. Segundo levantamento realizado pelo Cuponomia, plataforma que reúne cupons de desconto e cashback no e-commerce, 63% dos entrevistados pretendem antecipar compras de fim de ano, especialmente as de Natal. O percentual supera os 60% registrados em 2024 e sugere um uso mais estratégico da data para diluir despesas.

    A escolha por usar a Black Friday para essa finalidade ocorre em paralelo à distribuição das compras ao longo do mês. O estudo mostra que 68% dos consumidores devem comprar ao longo de novembro, e não apenas na sexta-feira, tendência que cresce ano após ano, em 2021, essa proporção era de 57%. A prática reduz a concentração de demanda e contribui para decisões menos impulsivas.

    “O consumidor brasileiro está mais racional e o e-commerce também amadureceu”, analisa Ivan Zeredo, diretor de marketing do Cuponomia. Ele destaca que, no passado, as lojas enfrentavam picos intensos de acesso na virada para a sexta-feira, com quedas de servidores e estoques limitados. A ampliação do período de ofertas tornou o processo mais previsível. “Essa reestruturação logística reduz a necessidade de madrugar para garantir preço”, completa.

    As mudanças não se restringem à escolha por usar a Black Friday como planejamento para as compras de fim de ano e também aparecem nos hábitos ao longo do dia. Em 2025, apenas 16% dos entrevistados pretendem comprar na virada de quinta para sexta, proporção que já chegou a 26% em 2021. A percepção de que as condições se mantêm por mais tempo reforça um comportamento menos concentrado.

    A digitalização permanece como elemento central. O celular deve ser o principal canal de compra para 77% dos participantes, seguido por computador (69%), lojas físicas (16%) e tablet (5,1%). O avanço do uso do smartphone em relação aos 73% de 2024 confirma o mobile como porta de entrada dominante para o e-commerce.

    O perfil dos respondentes ajuda a explicar as escolhas. Mais da metade (53%) têm entre 35 e 55 anos, faixa etária economicamente ativa e mais sensível à organização do orçamento. A intenção de compra segue elevada, com consumidores distribuindo decisões entre antecipação, necessidade e conveniência.

    As categorias mais buscadas refletem esse equilíbrio. Eletrodomésticos (44%) seguem na liderança, em alta em relação aos 39% de 2024. Na sequência aparecem moda e acessórios (43%), informática (30%), smartphones (28%), maquiagem e beleza (27%), outros eletrônicos (25%), passagens aéreas (22%), decoração (21%) e esporte e fitness (20%). Livros (16%), brinquedos e produtos infantis (15%) e jogos e videogames (14%) também figuram na lista, junto a outros itens não descritos (29%).

    As formas de pagamento reforçam o comportamento planejado. O cartão de crédito será utilizado por 80% dos entrevistados, seguido por cartão de débito ou PIX (18%) e boleto bancário (2%). A adesão crescente ao PIX indica busca por praticidade e controle. A percepção positiva do e-commerce contribui para isso: 80% afirmam ter recebido pedidos dentro do prazo em 2024, enquanto apenas 8% relataram atrasos.

    Segundo Zeredo, os dados mostram um varejo mais organizado e alinhado às expectativas do consumidor.

    “Os varejistas aprenderam com os problemas dos anos anteriores e hoje trabalham para garantir uma experiência consistente, em que o consumidor encontre o produto desejado por um valor competitivo. Nesse processo, além do ajuste de logística e precificação, entram os cupons e o cashback como ferramentas que ajudam a sustentar essa estratégia e maximizar as vendas”, afirma.

    Em Alta

    O que é varejo?

    O que é a NRF?

    Quer receber mais conteúdos como esse?

    Você pode gostar