Varejistas como Tok&Stok, Reserva, OLX e Aramis são alguns a adotarem a mudança por considerarem que a palavra ‘Black’ carrega conotação racista
Lucas Torres
Evento surgido no varejo estadunidense na primeira metade do século XX, a Black Friday chegou ao Brasil no ano de 2010 e hoje está consolidada como uma das principais datas do comércio no país.
O sucesso das promoções no impulsionamento do faturamento fica claro quando observamos os números. Só em 2021, por exemplo, o evento movimentou um montante na casa dos R$ 5,4 bilhões somente entre os varejistas brasileiros.
Vivemos, no entanto, em um tempo em que apenas vender produtos não basta. É preciso entregar o propósito – tal como apontou pesquisa do IBM (Institute for Business Value) em parceria com a National Retail Federation, principal entidade do varejo dos Estados Unidos, indicando que 44% dos consumidores tomam decisões de compra com base nos propósitos das marcas.
“Nos últimos dois anos, em especial, a nossa relação com o consumo mudou radicalmente e a tecnologia foi a protagonista desta transformação, que potencializou três novos pilares para o cliente: o varejo híbrido, a sustentabilidade e o propósito das marcas”, afirma a equipe de marketing do IBM.
De olho nesta tendência, algumas das maiores empresas brasileiras têm aberto mão da consagrada marca do ‘Black Friday’ para promoverem uma espécie de rebranding da data.
Por considerarem que o termo ‘Black’ carrega com ele uma conotação racista, varejistas como a Tok&Stok, Reserva, OLX e Aramis adotaram o nome ‘Best Friday’ para se referir a esta sexta-feira de promoções.
O engajamento na causa antirracista não para por aí. Afinal, empresas que não necessariamente lidam com o consumidor final também estão aderindo ao movimento e disseminando a necessidade de mudança.
Dentre estes players, um dos maiores destaques é a consultoria KPMG – que tem optado pelo termo ‘Best’ em todas as suas comunicações sobre o tema.